sexta-feira, 25 de novembro de 2022
De Abril a Novembro
Quarenta e sete anos depois, é fazendo as contas ao estado deste país adiado que se deve olhar, lembrar e julgar o 25 de Novembro.
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“O 25 de Abril foi uma revolução corporativa, na origem e no desenrolar das suas fases mais agudas, com incipientes clientes políticos lutando pelo favor dos pretorianos, também sempre condicionados e limitados pela conjuntura exterior, que era a Guerra Fria.
Quem conheceu e viveu a resistência ao PREC não pode deixar de ler a maioria dos relatos oficiais desse período, entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, como uma fábula interessada, composta para uso e consagração dos príncipes. E sobre o 25 de Novembro, a narrativa maniqueísta é ainda dominante: desloca protagonismos e chefias, minimiza o pessoal no terreno – as companhias de Comandos convocados – e exalta grandes chefes e cérebros estratégicos. E é sobretudo omissa quanto ao papel das forças sistémicas, internas e externas, no controlo do que poderia ter sido uma viragem na revolução portuguesa, caso tivesse sido politicamente explorada.
Assim, foi um Thermidor em que, em nome da pacificação e da moderação, se congelou o PREC e o seu contrário, iniciando-se a consolidação do regime sob uma ideologia de esquerda antifascista, com uma classe política de centro-esquerda – o Centrão PS-PSD – e uma marginalização das direitas, sempre carregando as culpas do anterior regime.
Quarenta e seis anos depois, é fazendo as contas ao estado deste país adiado que se deve olhar, lembrar e julgar o 25 de Novembro, o esforço e sacrifício dos seus combatentes e o modo como os derradeiros vencedores contaram e contam a História.”
(in “A história dos vencedores” por Jaime Nogueira Pinto)
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
apostolos
01 - Simão
Simão é um apóstolo pouco retratado nos relatos bíblicos, por isso, tudo o que se sabe dele é pura especulação, inclusive a sua morte. Alguns contam que ele havia sido morto em Roma, durante um massacre no ano 70. Outros contam que ele teria morrido após renegar algum deus do Sol. Isso poderia ter sido tanto na Inglaterra quanto na Pérsia (atual Irão).
02 - Judas Tadeu
Depois da morte de Cristo, Judas Tadeu escreveu uma das cartas presentes no Novo Testamento, as chamadas ‘Carta de Judas’. Ele teria seguido a sua missão depois da morte do Mestre e pregado na Mesopotâmia, Arábia, Síria e Pérsia.
Esse último teria sido o local da sua morte, de causas violentas, mas não especificadas.
03 - Mateus
Relatos dão conta de que Mateus teria continuado sua missão no lugar onde viveu com Cristo. O apóstolo teria percorrido toda a Pérsia, Judeia e Etiópia.
A história mais antiga diz que ele morreu na Etiópia de causas naturais. Mas há pelo menos quatro relatos em que ele é assassinado por um rei local: decapitado, afogado, esfaqueado ou queimado.
04 - Filipe
A história da morte de Felipe é confusa. Até hoje não se sabe ao certo como morreu o discípulo que deu continuidade à missão na Ásia, nas regiões de Frígia e Hierápolis.
Há relatos que ele tenha morrido de causas naturais, mas também há estudiosos que acreditam que ele morreu enforcado, apedrejado e até crucificado em Hierápolis.
05 - Tiago Menor
Há dois relatos das causas de morte de Tiago. O primeiro diz que ele foi crucificado, assim como Jesus no Egito no ano de 62. O apóstolo tornou-se missionário na Palestina e no país onde foi morto.
Outra hipótese é que ele teria sido apedrejado até a morte a mando de Ananias, um sumo sacerdote que queria que ele queria denunciasse alguns cristãos.
06 - Tomé
Após a morte de Jesus, o apóstolo que ganhou destaque nos relatos bíblicos por pedir para tocar em Cristo após a sua ressurreição e virou sinônimo de: “ver para crer”, saiu em missão pela Índia.
Morreu no ano 53, perfurado pelas lanças de soldados em Mylapore, na Índia, durante uma de suas orações. Tudo porque ele converteu a esposa do rei Misdaeu, Charisius, que se negou a fazer sexo após virar cristã. Mylapore, quando foi dominada pelos portugueses, passou a se chamar São Tomé de Meliapor
07 - João
João era o discípulo mais jovem que Cristo tinha. Cogita-se que na época da crucificação de Jesus, ele teria entre 17 e 20 anos. Irmão de Tiago (outro apóstolo), o jovem teria sido lançado vivo em óleo fervente a mando do imperador romano Domiciano, mas ele não teria nada sofrido.
Após esse episódio, exilou-se na Ilha de Patmos, na Grécia, em meados do ano 90. De lá se mudou para Efésios, onde morreu de causas naturais por volta dos 100 anos de idade.
08 - Judas Iscariotes
Suicidou-se, arrependido por ter traído Jesus. Ele se enforcou em uma árvore, sobre um penhasco. A corda arrebentou e Judas caiu em cima de pedras afiadas.
É a única morte de um apóstolo que é relatada biblicamente. O relato completo está no Evangelho de Mateus, no capítulo 27 e versículos de 3 a 5.
09 - Pedro
Pedro era o mais velho dos apóstolos e aquele a quem Jesus claramente lhe deu algum tipo de liderança. Após a morte de Cristo, foi Pedro quem conduziu a missão entre os que ficaram.
Vítima da perseguição religiosa de Nero, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo por se sentir indigno de morrer como Cristo. Segundo a tradição, o fato se deu no Circo de Nero, onde hoje fica o Vaticano.
10 - André
André era irmão de Pedro, também pescador. Antes de conhecer a Cristo, ele já era seguidor de João Batista, mas não titubeou quando conheceu o Messias e logo juntou-se a ele.
Morreu suspenso em uma cruz em forma de X, na Grécia. Ele havia se recusado a renegar sua fé diante do procônsul romano Aegeates
11 - 02 - Tiago Maior
O Nome “Maior” era para diferenciar do outro Tiago mais jovem (o Menor). O pescador que tornou-se apóstolo, Tiago Maior, tem a sua morte relatada de fontes mais confiáveis. Ele teria sido morto no ano 44. Ele foi morto em Jerusalém na mesmo ocasião em que Pedro foi preso.
Foi Tiago, o primeiro discípulo a morrer em nome da causa cristã. Séculos depois, ele se tornou patrono da Espanha.
Com a colonização de alguns países da América do Sul pela Espanha, Tiago passou também a ser padroeiro de muitas regiões do Chile (Santiago), Peru, México e outras nações que passaram pelo domínio espanhol.
Morreu ao lado do homem que o delatou ao rei da Judeia, Herodes Agripa. O delator se arrependeu e se converteu na hora H. Ambos foram executados em Jerusalém: decapitados ou perfurados pela espada de um soldado.
Segundo uma tradição lendária, o corpo de Santiago teria sido transportado para a Galiza, e sepultado no lugar de Compostela (depois chamado, em sua honra, Santiago de Compostela).
12 - Bartolomeu
Bartolomeu teria exercido a sua missão em Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia. A forma de sua morte também desperta polêmica e confusão, pois há mais de uma versão para o fato.
Teria morrido na Armênia, mas não se sabe se foi crucificado ou esfolado e decapitado pelo irmão do rei Polymius. O monarca havia sido convertido pelo apóstolo.
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
e o vencedor é...
PS precisa de arrumar a casa e acalmar os nervos. A culpa dos casos e casinhos é do Governo. Costa vai impedir o "aumento injustificado" de 10% das portagens. Mais um truque. E o que vai dar em troca?
domingo, 20 de novembro de 2022
Nagasaki 451 anos depois
O porto da cidade de Nagasáqui, no Japão, fez 451 anos, no dia 20 de Novembro, e para comemorar o feito, o coro masculino daquela cidade cantou o hino nacional português para simbolizar a importância de Portugal na sua história, uma vez que foi o povo português que abriu as portas de Nagasáqui ao mundo, em 1571.
sábado, 19 de novembro de 2022
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
activistas climáticas
No entanto que estas "ativistas" acham que já prestam trabalho a favor da comunidade ao defenderem a causa climática .
...querem agora concentrar energias nas ações que estão a ser planeadas para a primavera.
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
terça-feira, 8 de novembro de 2022
eleiçoes intercalares nos EUA
biden, obama, clinton querem salvar a democracia (de esquerda)!
...e o que é que os americanos vão querer!
quinta-feira, 3 de novembro de 2022
Da verdadeira luta de classes em Portugal
Sim, é verdade. Existe uma verdadeira luta de classes em Portugal e estas estão perfeitamente identificadas e diferenciadas. Só que o conflito já não opõe os capitalistas aos proletários até porque estes últimos se encontram dos dois lados da barricada e já não têm, como outrora, interesses comuns. A luta é entre o Estado e os que dele dependem e os contribuintes.
De um lado temos os que vivem à sombra do Estado. Arrumaram-se à mesa do orçamento e exercem o poder sob diversas formas. O Estado serve-lhes de título de legitimidade para explorarem a outra classe, ou seja, os pagantes de impostos, taxas e multas. Mais que nunca é actual a figura do Zé Povinho esmagado por tributos do nosso imortal Rafael Bordalo Pinheiro. O poder exercido pelos que beneficiam dos impostos é imenso e tem diversas formas. Reflecte-se no autoritarismo político do Governo, designadamente se alicerçado numa maioria absoluta, na inépcia dos seus membros na maioria incompetentes e munidos de curricula intrujões, no mais descarado e arrogante nepotismo, no despesismo e na incúria na prestação de serviços públicos tornada possível por um regime que obviamente não responsabiliza os dirigentes de nomeação partidária pelos medíocres resultados obtidos. Assim se premeia a incompetência e se reforça a influência no Estado.
Fica assim claro que de um lado está o Estado, sector político, administrativo e empresarial incluídos, e do outro a grande massa dos cidadãos contribuintes. A ideologia de justificação já não é a religião salvífica nem a «Pátria» como no tempo do Salazar mas o interesse público mediante o qual o Estado quer convencer os cidadãos que a sua contribuição tributária é em prol do bem comum e, em última análise, no próprio interesse deles. O circo mediático totalmente controlado ajuda.
A classe dominante, ou seja, o Estado tem interesses próprios e muito claros; explorar o contribuinte e exercer o poder por intermédio dos seus dirigentes em boa hora nomeados pelas suas inúmeras qualidades cívicas e intelectuais, evidentemente, quais novos sábios platónicos.
Ao chamar a atenção para esta realidade não se pretende denegrir a maioria dos funcionários públicos, entendida em sentido lato, que fazem o que podem e dão exemplos de sincera dedicação à causa pública. Mas o mesmo não se verifica com os dirigentes políticos, com os «empresariais» e com os administrativos. São estes que têm o poder de decisão e este está cada vez mais concentrado. São eles que exercem o poder e dele dispõem como de uma coutada, assaltando os contribuintes sem tréguas e sem quaisquer sinais de contenção em benefício dos seus privilégios de classe, servidos quentinhos através do orçamento e beneficiando de todas as vantagens do poder. Há situações que roçam o crime por omissão. São eles os verdadeiros senhores do nosso país.
Fica assim claro que o Estado é um bolo muito apetecível. É por essa razão que os partidos dominantes o querem conquistar. E mais, querem que o partido se sobreponha ao Estado de modo a transformar o poder estatal em poder partidário. Não custa a compreender. Neste aspecto, ironia do destino, até parece que Marx tinha razão ao dizer que o Estado é um instrumento da luta de classes, só que as classes não são as que Marx pensava.
Claro que os partidos maioritários estão do lado da classe dominante. E mais, são a classe dominante. Atingiu-se até hoje em dia o ponto mais alto na nossa história recente na identificação de um partido político com o Estado. A realidade mexicana mostrou-nos durante décadas as consequências da sobreposição do Estado e do Partido Revolucionário Institucional. Os partidos maioritários são no nosso país um exemplo claro de situacionismo na pior acepção do termo.
Não há alternativas. O PSD está cheio de pressa para fazer o mesmo que faz hoje o PS em nome do tal interesse público. Nada garante que a classe dominante fosse apeada. Só os seus dirigentes é que (em parte) mudariam.
Não tenham ilusões. A modificação desta aviltante situação só se fará com uma profunda alteração da cultura política dominante em prol de uma nova República alicerçada em valores democráticos e liberais, legitimada não apenas pelo sufrágio mas por uma vida democrática muito mais exigente e participativa e, sobretudo, por uma Sociedade Civil forte e independente, coisa em que os actuais partidos dominantes nem querem ouvir falar. É coisa para demorar muito tempo, pelo menos o de uma geração. Até lá continuaremos a assistir ao espectáculo da luta dos partidos dominantes pelo monopólio do chamado interesse público enquanto vão enchendo os bolsos à custa do contribuinte e assegurando uma velhice descansada para os respectivos dirigentes em nome daquele famigerado interesse, evidentemente. (in Luis Cabral de Moncada in “Da
verdadeira luta de Classes em Portugal” )
terça-feira, 1 de novembro de 2022
Brasil 2022
No discurso de Bolsonaro não há uma referência a Lula da Silva e a palavra derrota (ou equivalente) não tem espaço nos dois minutos de declaração, mas há uma promessa subentendida: não vai desaparecer
Lula da Silva tem dois meses e pode contratar uma equipa de 50 pessoas para trabalho político e técnico de preparação, um mecanismo para evitar transições bruscas. Bolsonaro vai facilitar-lhe a vida?
São dias de tempestade, política e não só, em Brasília. O silêncio do Presidente deixou o país mergulhado num mar de dúvidas, a que, nos bastidores da Alvorada, os jornalistas iam tentando responder.
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