independentemente do que acontecer a Sócrates, o socratismo venceu.
É isso que explica a nossa história recente. .
A corrupção, a bancarrota e a divergência em relação à Europa não são azares. São efeitos de um sistema de poder que assenta no domínio do Estado sobre a sociedade, através de um bloco de clientelas eleitorais que é preciso alimentar à custa de endividamento, extorsão fiscal e cortes de investimento público. É claro que é importante averiguar se alguém abusou do poder para enriquecimento pessoal ilícito. Mas este é um detalhe de uma história muito mais grave e muito mais triste, porque é a da degradação de um regime, da decadência de um país e da morte das esperanças e expectativas de várias gerações. (in “E o socratismo, alguma vez será julgado?“ por Rui Ramos)
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O que eu mais estranho é que muitos eleitores da minha faixa etária que viveram o Estado Novo, o Salazarismo e a censura no “controlo dos média”, continuem a apoiar um partido cada vez mais nacional socialista como se fosse o clube de futebol que um dia abraçaram esquecendo-se que perder um jogo, um campeonato ou descer de divisão prejudica, no máximo, uns milhares mas manter no poder o “partido” que nos levou a três bancarrotas, a caminho da quarta, prejudica, no minimo, muitos milhares!