O
PAN cresce com a nossa ignorância. Não sabemos bem o que é, ignoramos quase
tudo o que propõe. Quando escavamos um bocadinho percebemos que o ambientalismo
esconde uma agenda perigosa e autoritária.
Os
partidos têm programas. Mas nada nos prepara para o que o PAN apresenta como
sendo o seu “programa eleitoral para as legislativas de 2019”. Nada mesmo.
exemplos como estes:
– “restringir
a largada massiva de balões e lanternas de papel em eventos” (medida 90),
- “possibilidade
da abolição da menção de género/sexo em documentos oficiais” (medida 567),
- “devolver
o património cultural das ex-colónias existente em território português (…)
assegurando-se assim a reposição de justiça histórica” (medida 442),
- fechar
os jardins zoológicos e os delfinários (medida 726),
- “proibir
o uso de animais como meio de tracção de charretes de carácter lúdico ou
turístico” (medida 731),
- “garantir
a obrigatoriedade da existência de sombra e a protecção contra as intempéries
nos pastos extensivos” (medida 770),
É
isto o PAN: uma mistura de ideia populares-populistas com causas na moda e
obsessões autoritárias. Tal como o seu programa é um saco de propostas a eito,
o grupo é mais uma coisa do que um partido, mais uma seita do que o
representante de interesses legítimos ou ideias políticas estruturadas.
Que
esteja a ter sucesso é um sinal assustador dos tempos que vivemos. ( in “Fui
ler o programa do PAN e apanhei um susto” por José Manuel Fernandes )