Resumo dos títulos e de alguns dos destaques
dos mais recentes relatórios do Instituto Nacional de Estatística são
reveladores:
Índice de Vendas no Comércio a Retalho desacelerou em
termos homólogos (Março de 2016).
Índice de Produção Industrial registou variação
homóloga negativa (Março de 2016).
Indicador de Confiança dos Consumidores diminuiu,
“interrompendo a tendência ascendente observada desde o início de 2013” (Abril
de 2016).
Indicador de Actividade Económica estabilizou em fevereiro
(após ter desacelerado nos dois meses anteriores).
As exportações diminuíram 3,9% (Março de 2016).
Quanto ao desemprego, os números do primeiro trimestre de 2016 indicam uma subida
para 12,4%, depois de ter atingido um mínimo de 11,9% no último trimestre antes
das eleições.”
O Índice de Volume de Negócios no
Comércio a Retalho passou de uma variação homóloga de 4,9% em fevereiro, para
2,5% em março. Os índices de emprego, de remunerações e de número de horas
trabalhadas ajustadas de efeitos de calendário apresentaram, no mês de
referência, taxas de variação homóloga de 2,7%, 4,3% e 3,6%, respetivamente
(2,7%, 4,6% e 2,5% no mês anterior, pela mesma ordem). No primeiro trimestre de
2016, as vendas no comércio a reatalho subiram 2,5% em termos homólogos (1,4%
no 4º trimestre 2015).
O índice de produção industrial
apresentou uma variação homóloga de -0,3%, em março (2,1% em fevereiro). A
secção das Indústrias Transformadoras registou uma variação homóloga de -1,5%
(2,0% no mês anterior). No 1º trimestre de 2016, o índice agregado aumentou
0,8% face ao trimestre homólogo (no trimestre anterior, esta variação tinha
sido 2,2%).
O indicador de confiança dos
Consumidores diminuiu em abril, após ter estabilizado no mês anterior,
interrompendo a tendência ascendente observada desde o início de 2013.
O indicador de clima económico
aumentou entre fevereiro e abril, após ter diminuído nos cinco meses
anteriores. No mês de referência, os indicadores de confiança aumentaram no
Comércio e nos Serviços, tendo estabilizado na Construção e Obras Públicas e
diminuído na Indústria Transformadora.
Em março, os indicadores de confiança
dos consumidores e de sentimento económico diminuíram na Área Euro (AE). No
mesmo mês, os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações
em cadeia de 3,8% e 18,7%, respetivamente (1,3% e 2,6% em fevereiro).
Em Portugal, o indicador de atividade
económica estabilizou em fevereiro, após ter desacelerado nos dois meses
anteriores. O indicador de clima económico aumentou em março, após ter-se
mantido relativamente estável nos dois meses anteriores. O indicador
quantitativo do consumo privado apresentou um crescimento homólogo mais intenso
em fevereiro, refletindo a aceleração do consumo corrente. No mesmo mês, o
indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) abrandou ligeiramente, em
resultado sobretudo do contributo negativo da componente de construção. Em
termos nominais, as exportações e importações de bens apresentaram variações
homólogas de -1,2% e 1,4% em fevereiro, respetivamente (0,4% e 0,3% em
janeiro). Considerando a atividade económica na perspetiva da produção, é de
referir que os índices de volume de negócios da indústria e dos serviços
registaram variações nominais negativas nos últimos meses, em parte refletindo
variações negativas de preços. No caso da indústria, a variação do respetivo
índice de preços manteve se negativa e o índice de produção industrial, embora
em desaceleração, manteve um crescimento positivo em fevereiro. Por sua vez, o
índice de produção da construção e obras públicas registou em fevereiro uma
variação negativa idêntica à do mês anterior.
De acordo com as estimativas
provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (15 a 74
anos), ajustada de sazonalidade, foi 12,3% em fevereiro. Desde Maio de 2015, as
estimativas mensais desta taxa têm oscilado num estreito intervalo entre 12,1%
e 12,4%. A população empregada (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade,
aumentou 0,2% em termos homólogos em fevereiro e diminuiu 0,3% face ao mês
anterior.
O Índice de Preços no Consumidor
(IPC) apresentou uma variação homóloga de 0,4% em fevereiro e março, taxa
inferior em 0,4 p.p. à registada em janeiro, observando-se taxas de -0,4% e de
1,7% no último mês nas componentes de bens e serviços, respetivamente.
Em março de 2016, as exportações de
bens diminuíram 3,9% e as importações de bens decresceram 0,8% face a março de
2015 (+0,9% e +4,8% em fevereiro de 2016, respetivamente). Excluindo os
Combustíveis e lubrificantes, as exportações diminuíram 1,3% e as importações
aumentaram 2,8% (respetivamente +3,1% e +7,3% em fevereiro de 2016).
O défice da balança comercial de bens
registou um acréscimo homólogo de 133 milhões de euros em março de 2016 e o
défice da balança comercial excluindo os Combustíveis e lubrificantes aumentou
185 milhões de euros.
No 1º trimestre de 2016, as
exportações de bens diminuíram 2,0% e as importações de bens cresceram 1,0%
face ao período homólogo.
A taxa de desemprego no 1.º trimestre
de 2016 foi 12,4%. Este valor é superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) ao do
trimestre anterior e inferior em 1,3 p.p. ao do trimestre homólogo de 2015.
A população desempregada, estimada em 640,2 mil pessoas, registou um aumento trimestral de 1,0% (mais 6,3 mil pessoas) e uma diminuição homóloga de 10,2% (menos 72,7 mil pessoas).
A população desempregada, estimada em 640,2 mil pessoas, registou um aumento trimestral de 1,0% (mais 6,3 mil pessoas) e uma diminuição homóloga de 10,2% (menos 72,7 mil pessoas).
A população empregada, estimada em 4
513,3 mil pessoas, verificou um decréscimo trimestral de 1,1% (menos 48,2 mil
pessoas) e um acréscimo homólogo de 0,8% (mais 36,2 mil pessoas).
A taxa de atividade da população em
idade ativa situou-se em 58,1%, valor inferior ao observado no trimestre
anterior em 0,5 p.p. e ao do trimestre homólogo em 0,4 p.p.
Nestas estimativas trimestrais foi
considerada a população com 15 e mais anos, não sendo os valores ajustados de
sazonalidade.