Já não a ouvia há muitos anos: pau-de-cabeleira e já me tinha esquecido do “uns são filhos e outros enteados”.
Se a segunda vai colidir, diria mesmo insultar, com milhares de eleitores de famílias reconstruídas ou recombinadas, não querer a pau-de-cabeleira, num namoro à antiga, tinha um significado óbvio. Qualquer das frases, usadas em séculos passados, podem descrever o que será a aplicação da política definida pelo “avô Cantroga” transposta para a actualidade.
Mais estranho é que ilustres barões, do auto-alcunhado maior partido da oposição, estejam preocupados com o pequeno partido democrata-cristão: vem Sousa meter-nos medo porque os dois "partidos da alternância democrática" não podem ficar reféns dos populares, segue-se-lhe Veiga a considerar blasfémia que o presidente de um partido se possa candidatar a ser votado para primeiro-ministro, Meneses a assustar-nos que o voto nos populares é um voto nos socialistas e o baronete Relvas a falar em votos de empréstimo. Todos a sentirem-se donos das opções dos eleitores e a assustarem-nos com o “papão” que virá por ai se não comermos a papa toda!
Bem sei que voltaram a estar a moda os filmes de “meter medo” mas misturá-los com o campeonato de futebol dos dois que se alternam como campeão, parece-me demasiado. Cheira-me a cultura de Novas Oportunidades ou a “mestrado de Bolonha”.
O que é que aconteceu aos populares-democratas? Será que ficaram mais do mesmo?
Encontrei a melhor resposta em Pedro Pestana Bastos num post que vale a pena ler: “o CDS seria o voto estrategicamente mais racional porquanto é o que permite contribuir para uma maioria à direita do PS com menor percentagem de votos”.
… ou com escreve António Sousa Leite Ainda lhes sai o tiro pela culatra