quinta-feira, 10 de julho de 2025

“A Geração Traída: Porque é que os Jovens estão a virar-se para a Direita Radical”

(coisas que na CNN PT não perceberam e nisso estão acompanhados pela maioria de comentadores e comentatrizes !)
Ruptura?
Um novo eleitorado está a nascer — e a velha política continua sem saber como lidar com ele. Jovens adultos por toda a Europa, sobretudo entre os 18 e os 30 anos, estão a virar as costas aos partidos tradicionais e a escolher forças políticas que os media classificam de "extrema-direita". Portugal não é excepção: o crescimento do CHEGA entre os jovens já é visível, sustentado e duradouro. Mas porquê?
Ruptura não  é Nostalgia
Não se trata, como alguns dizem com desdém, de jovens mal-informados que “não sabem o que foi o fascismo”. Trata-se, isso sim, de uma geração que nunca conheceu um país em crescimento, nunca teve estabilidade, e não encontra nos partidos do regime (PS, PSD, CDU, CDS, BE ou Livre) qualquer resposta real às suas necessidades.
Não, eles não querem “voltar ao passado”. Querem simplesmente um futuro com identidade, segurança e dignidade — e são precisamente os partidos acusados de "radicais" que lhes prometem isso.
A precariedade laboral, os baixos salários e a impossibilidade de sair de casa dos pais até depois dos 30 anos são realidades comuns. Muitos jovens não conhecem o que é ter uma vida independente e estável. E quando tentam, pagam 60% do salário por um quarto partilhado ou um T1 degradado.
Ao contrário do que pensa a esquerda urbana, esta geração não está apenas preocupada com o clima ou com a linguagem inclusiva. Está preocupada com a sobrevivência.
A esquerda falhou com esta geração. Prometeu progresso, mas entregou salários baixos, degradação urbana, insegurança, imigração descontrolada e uma cultura moralista que censura quem se queixa. Para muitos jovens isto são tretas da esquerda ou, pior, da extrema-esquerda:
- O feminismo deixou de ser igualdade e tornou-se perseguição.
- A multiculturalidade deixou de ser convivência e passou a ser perda de coesão.
- A luta antirracista transformou-se em acusação permanente.
- A política woke tornou-se uma nova forma de opressão cultural e censura quotidiana.
E, em simultâneo,  a direita tradicional (PSD e CDS) abdicou de fazer oposição ideológica à esquerda. Limitou-se a gerir o mesmo modelo com menos impostos. Recusou confrontar os dogmas da imigração, da ideologia de género, da dependência do Estado ou da degradação dos serviços públicos.
Os jovens que querem respostas claras, não tecnocracias cinzentas!  
ditar o fim da imprensa tradicional?
Esta geração europeia não se informa pelos jornais do regime. Vive entre podcasts, redes sociais, vídeos curtos, e até canais internacionais. Desconfia da imprensa tradicional e, por isso, ouve outras vozes — algumas radicais, outras apenas dissidentes.
A censura e o rótulo fácil (“fascistas”, “racistas”, “extrema-direita”) já não colam. Pelo contrário: funcionam como um selo de autenticidade.
O caso português repete o padrão europeu:
- França: a juventude vota em massa em Marine Le Pen.
- Alemanha: o AfD conquista cada vez mais os jovens homens.
- Espanha: o VOX cresce nas faixas mais jovens e em 
Portugal: o CHEGA já é, em muitos concelhos, o partido com mais apoio entre os jovens entre os 18 e os 34 anos.
a geração traída está a reagir
Esta geração foi ensinada a acreditar que o progresso viria pela inclusão, pela igualdade, pelas “narrativas positivas”. Mas a realidade bateu com mais força: insegurança, desigualdade intergeracional, perda de identidade, colapso do mérito.
A chamada "extrema-direita" cresce entre os jovens porque é a única que parece reconhecer esta frustração e dar-lhe voz.
A velha política não percebe, ou não quer perceber: não estamos perante jovens extremistas, mas sim perante uma juventude que se sente traída. E que, por isso, procura alternativas reais.