Victor
Ribeiro (1941-2018) fundou a Associação de Comandos e foi um dos homens mais
próximos do General Jaime Neves no 25 de Novembro. Horas antes de morrer, em Março,
recebeu a visita do Presidente da República no hospital e foi condecorado com a
Ordem do Infante D.Henrique.
Semanas depois, a evocação pública do
Tenente Miliciano Vitor Ribeiro, pelo comandante do Regimento de Comandos, coronel Pipa Amorim, irritou o
comandante do Exército, com um oficial a garantir que o Chefe do Estado-Maior
do Exército, general Rovisco Duarte, qualificou Pipa Amorim como
"político populista”.
Na cerimónia, Pipa Amorim
afirmou: "Permitam-me homenagear e prestar o meu público
reconhecimento a este grande português, um dos últimos guerreiros do império,
que como militar, adicionalmente à sua promoção por distinção, foi condecorado
com as medalhas de Valor Militar e da Cruz de Guerra e como civil foi
agraciado, na véspera do seu falecimento, ainda consciente, no leito onde
agonizava, com a Ordem do Infante D.Henrique, pelo Presidente da
República".
Semanas antes, o Parlamento aprovara
- com os votos contra do BE, do PCP, dos Verdes e a abstenção da socialista
Wanda Guimarães - o voto de pesar apresentado pelo CDS pela morte de Victor Manuel Tavares Ribeiro.
Textos de boa investigação
jornalistica ficam, para memória futura, dos historiadores que queiram retomar
a Questão do 25 de Novembro de 1975
1 Evocação
de militar ligado a Jaime Neves irritou chefe do Exército por Manuel Carlos
Freire e
3 Os “Comandos” e o Combate pela Liberdade»/2005, de Manuel A. Bernardo, F. Proença
Garcia e R. Domingues da Fonseca
4 Victor Ribeiro, o Comandante por Jaime Nogueira Pinto