sábado, 30 de novembro de 2013

O último orçamento ou... pitonisas made in Tugalandia!


Passos Coelho não aprende nem com os erros dos outros e muito menos com os seus. Na entrevista à TVI este semana replicou o desastre do anúncio da subida da TSU para os empregados com o fim da gratuitidade do ensino público obrigatório.
O primeiro-ministro não dá mostras de querer alterar as opções políticas como os signatários da carta aberta que lhe foi entregue propõem. O orçamento para 2013 será pois o último da sua autoria.
por josé medeiros ferreira no Cortex Frontal em 1 de Dezembro de 2012








(...e assim chegámos ao OE de 2014 com uma nova previsão!
Apenas as previsões e os comentadores se mantém!
Daqui a um ano voltarei a publicar este post e talvez o comentador acerte!)

“coisas” que me irritam


da imprensa a que temos direito:
“o desemprego desceu pela oitavo mês consecutivo mas o desemprego jovem aumentou…”
“No caso das exportações de vestuário de malha, o crescimento foi superior a 5%, mas as de vestuário de tecido tiveram uma queda de 9%...”
“a venda de veículos ligeiros aumenta 23% em Portugal mas a nível europeu foram, no entanto, os segundos mais baixos registados num mês de Outubro…”
…e assim conseguem transformar uma boa notícia numa “boa notícia” para idiota útil…

...um ano depois!

nem as moscas mudaram!


 
 
 

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

dos sinais da direita extra-parlamentar!

Embalados na música da imprensa a que temos direito poucos se têm apercebido dos avanços da direita extra-parlamentar! As “opiniões publicadas” estão orgulhosos de a apelidarem “extrema” e, porque só falam, em loop, uns com os outros ou porque só se escrevem, se transcrevem ou se partilham naquilo a que chamam redes sociais, não se apercebem dos avanços que a direita nacionalista e populista vai tendo Europa fora e, por simpatia, também, cá dentro.
Aqueles que convivem diariamente com os mais jovens só não se apercebem disto se forem cegos ou surdos, “eles”:
- querem "uma saída para crise", são contra o "brutal pacote de austeridade", exigem "a refundação do Estado", estão “contra as privatizações”, querem “mais estado” e, para marcar a diferença, até
- mudaram de “look” para algo próximo do jovem intelectual do final dos “anos 60” (aquilo que os nossos pais chamavam de “arrumadinho”),
- abandonaram o “saco de lona a tiracolo”, a t-shirt estampada, apararam a barba e retiraram o “gel” do cabelo que agora lavam com frequência e já
- gozam com os “idiotas úteis” que teimam na ideia de que teriam que ter a “cabeça rapada”! 
 
Esta ”nossa nova direita extra-parlamentar”, que é mais xenófoba que racista, cresce lentamente e, como há poucos que conhecem as Leis de Newton, vai vencendo a “inércia” sem que os doutos opinadores o percebam. 
 
Em toda a Europa as populações atribuem a crise à União Europeia e, farta das promessas de uma esquerda que perdeu ideologia, vai elegendo os populistas de direita:
- na Holanda ao agitar o espectro da "ameaça do Islão", o líder populista Geert Wilders conquistou pontos nas eleições municipais e deu um grande passo para a sua ascensão ao cargo de primeiro-ministro,
- em França o partido de Jean-Marie Le Pen causou “surpresa” nas eleições regionais francesas ao atingir os 20% em várias regiões,
- na Hungria o partido Jobbik continua a seduzir inúmeros eleitores e com a formação populista, xenófoba, anti-cigana e nacionalista de Gábor Vona pesa na formação dos actuais dois terços da maioria parlamentar,
- os dinamarqueses são notícia por causa das suas posições xenófobas e dotaram-se das leis de imigração mais restritivas da Europa, um verdadeiro insulto ao pensamento liberal,
nas eleições municipais em Viena de Áustria, o Partido da Liberdade obteve quase 30% dos votos, e
muito mais podia acrescentar…
 
Cuidemo-nos! Deixem de falar e escrever para os próprios umbigos e para os “amigos” do feiçebuque, esqueçam as arruadas parlamentares, as ocupações de escadas e ministérios, reparem nos sinais e não esqueçam aqueles vossos “amigos” do “estado novo” que de 25 para 26 mudaram para “revolucionários” porque o inverso pode acontecer e
“eles” já estão aí! 
 
(mais que a auto alcunhada “esquerda” que autofágica se diminui, são “estes”, que vejo crescer de dia para dia, que me preocupam!)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

trocar os argumentos pelos insultos...


Como uma educação afastada dos clássicos os levou a trocar os argumentos pelos insultos e pela aniquilação moral do adversário

Pessoas com a mente completamente transtornada em resultado de anos e anos de lavagem ao cérebro promovida por uma educação afastada dos clássicos e pelos media. O que as caracteriza é a incapacidade para argumentar com clareza, focando os argumentos no tópico; preferem "matar" o mensageiro que traz notícias que as incomodam e que destrói a narrativa que interiorizaram. Se o Mundo já não pode ser como imaginaram, elas destroem quem dá a notícia, pensando que, por magia, o Mundo que acabou e elas querem de volta possa ser de novo realidade.
Ninguém melhor do que o filósofo brasileiro, Olavo de Carvalho, caracterizou essa mentalidade mitómana de negação da realidade presente na retórica e na ação dos revolucionários e indignados:

É impossível que um estudante não adquira esse vício quando adestrado desde pequeno para remeter tudo de volta, sempre e sistematicamente, a meia dúzia de chavões tidos como universalmente explicativos, em vez de tentar perceber o que está realmente em jogo na discussão. O apelo compulsivo a rótulos infamantes como “fascismo”, “fundamentalismo religioso”, “preconceito e discriminação”, “racismo”, “homofobia”, “teoria da conspiração”, “elite exploradora” etc., é hoje praticamente obrigatório e funciona como substitutivo socialmente aprovado do esforço de compreender aquilo que se pretende impugnar mediante o emprego fácil e desesperadoramente mecânico desses termos. O controle “politicamente correto” do vocabulário tenta vestir uma camisa-de-força verbal no adversário mas termina por aleijar intelectualmente o próprio usuário desse artifício, reduzindo-o à condição de repetidor histérico de insultos completamente despropositados.

Os comentários que abundam na blogosfera e no Facebook correspondem, na perfeição, aos critérios descritos por Olavo de Carvalho para caracterizar as mentes transtornadas por anos e anos de lavagem ao cérebro promovida por uma educação que substituiu o amor aos clássicos pela propaganda e pelos chavões. Propaganda, chavões e insultos visam a aniquilação moral do adversário e justificam o afastamento do tópico em debate. Se o adversário é reduzido à dimensão da indigência moral, quiçá até da demência ou senilidade, não vale a pena trocar argumentos com ele sobre o assunto em discussão. Basta cobri-lo de insultos. E é a isso que está reduzido o "debate intelectual" no seio de quem devia dar o exemplo de seriedade e razoabilidade argumentativa.

sábado, 23 de novembro de 2013

da Lógica

O matemático que está ministro quer reintroduzir o estudo da Lógica e das suas específicas divisões: teoria dos conjuntos, de modelos, da recursão e da prova.
Vem isto a propósito da manifestação das polícias e da invasão da Casa da Democracia - mesmo que parada no topo das escadarias - e dos comentários na “opinião publicada” que tudo misturam.
 
Se os nossos “especialistas em generalidades” alguma vez tivessem estudado Lógica, saberiam que o “conjunto manifestação A” não se pode confundir com o “conjunto invasão B”. São diferentes, porque a diferença entre dois conjuntos (A e B) é o conjunto dos elementos que pertencem a A mas que não pertencem a B.
 
Ai vai um exemplo:
Um determinado cidadão vai clamando por acções violenta anti-governo (e disso dá como exemplo o “conjunto invasão B”), de imediato os “idiotas úteis” referem, usando o “conjunto intersecção AB” que para eles é a liberdade de expressão.
(até aqui evitei chamar aos “especialistas” um “conjunto vazio”…)
Poderia continuar a apresentar ligações aos modelos, à recursividade e, claro, à prova. Deixo aos meus leitores a liberdade de fazerem tal conectividade.
 
O efeito do estudo da Lógica vai demorar gerações a produzir efeitos mas, apesar disso vejo-o como positivo, apesar de ter a esperança que os vindouros sejam poupados a ler, ouvir ou ver “especialistas em generalidades”.
(a imagem é de um “conjunto impróprio”)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

a usar os tolos!

Uma das técnicas de reportagem que “mais gosto” é a da acareação entre aquilo que foi dito ou escrito hoje, com o que foi dito ou escrito há um ou mais anos! Todos os pmmj a usam!
O difícil, porque a memória é curta, é encontrar a confrontação entre o que eles escreveram, disseram ou publicaram noutros tempos.
 
Não tenho paciência, nem tempo, para o fazer com regularidade mas, às vezes, dá-me para pesquisar coisas antigas…
 
Há um ano foi assim:
- a guerra na Palestina estava por um fio,
- o Isaltino não ia ser preso e
- entre Abril e o Setembro era inevitável haver eleições”
(também não foram esquecidos “os pobres” aconselhados a "comprar" jogos da Santa Casa e “os ricos” a adquirir relógios “ rolex’)
…e assim se vão enganando os “idiotas úteis” e vendendo o “papel“ que sustenta os intocáveis!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

as gaffes do senhor ministro




este Machete é um xato!

Anda lá pelo Industão a cometer umas “gafes” e os mercados desatam a baixar os nossos “juros a acrescentar à divida!
(aguarda-se o comentário do sr. secretário-geral...)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

um bando de ganapos !

perante tantos génios confesso a minha ignorância!
 
Um senhor ministro botou que o “bom” para o País seriam juros a 4,5% e todos desataram a criticar-lhe a gaffe. Até o comentador da vila de cascais foi á vila de baixo disto dizer da sua opinião, seguramente uma “opinação” pró pré-presidencial, em frente à mais sábia apresentadora da tv  que foi religiosa e agora é das espanhas psoe.
 
Claro que eu que pensava que 4,5% era menos mau, agora estou confuso!
Obvio que “o melhor” seria estar, quando da saída da тройка, como a Irlanda - que se livra do “protectorado” em Dezembro - nos 3,53%, mas, como o “óptimo é inimigo do bom”, não me atrevo a auspiciar os 1,78 da Germânia (a descer, com a chancelerina a subir) ou os 2,32 da Gália (a subir, com m. hollande a descer). 
 
É por isso que estou confuso e me sinto ignorante!
Não consigo perceber se, para tão ilustres comentadeiros, o ideal serão os 8,44 da Grécia, tão esquecidos que estão dos “quatro e tal” da Espanha ou da Itália, ou, se para serem politicamente correctos, apenas querem estar ao nível dos resultados do “ranking” do ensino nacional.
 
Para já, numa semana, baixámos 1%!
Esperemos agora que, a exemplo do sucedido na pós “inabalável demissão” e das doutas determinações do colectivo constitucional, a malta a quem pedimos a massa emprestada não nos ponham, outra vez, de “castigo” como se fossemos aquilo que somos:
um bando de ganapos !

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

machete e a verdade indizível!

A informação a que temos direito fartou-se de escrever sobre as “escandalosas” declarações, que terão sido inoportunas, mas que são verdadeiras:
- O ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou esta segunda-feira à Lusa que referiu apenas "indicativamente e como mera hipótese" um juro de 4,5% para evitar um segundo resgate e que esse limite será determinado pelo Governo.
- O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse esta segunda-feira em Lisboa que Portugal "tem uma data marcada para finalizar" o programa de ajustamento e "não uma determinada taxa" de juro.
- O secretário-geral do PS, António José Seguro considerou de “uma enorme gravidade” as declarações do ministro Rui Machete e apelou para que Passos Coelho “ponha juízo” nos seus ministros.
- O líder parlamentar do Bloco de Esquerda considerou esta segunda-feira que o ministro dos Negócios Estrangeiros português deu voz "ao pensamento que preocupa este Governo", que é um "segundo resgate no horizonte de Portugal".
Mas ficámos a saber que imprensa, secretário-geral, ex-jornalista e o líder dos 5%, estão todos de acordo!

Um País sem Memória

A Primeira Grande Guerra acabou há 95 anos.
Morreram 20 milhões.
Dez mil eram os soldados portugueses mortos ou desaparecidos, um número largamente suplantado pelos feridos e estropiados que regressaram. Destes, ainda me lembro de ver alguns - quando havia memória e lhes rendíamos homenagem -, nas comemorações anuais na Avenida da Liberdade.
 
Na Grã-Bretanha, na Commonwealth e na maior parte dos Países da Europa que combateram o Império Austro-húngaro, hoje é o Remembrance Day.
 
Ou por ser difícil traduzir o simbolismo da palavra “remenbrance”, ou com medo de perturbar os boches que nos dizimaram em toda a Flandres e especialmente em La Lys, a informação, a que temos direito, não dedica uma linha à data que se devia comemorar.
As próprias Forças Armadas (a que temos direito) também parecem esquecidas tão envolvidas que estão nos seus “problemas” laborais dos seus “trabalhadores”…
 
Eventualmente irão aparecer uns copy/paste de noticiários da “estranja”, em jeito de notícia cor-de-rosa, dedicados à Isabel II e aos ingleses que não esquecem!
 
e "esta é (hoje) “a ditosa Pátria minha amada”…

 
(a foto, em cima, é do cemitério português de Richbourg e a, de baixo, foi tirada no Jardim de Algés vai para um ano!)

sábado, 9 de novembro de 2013

os “derbies” do ensino a que temos direito!


Entendo o futebol apenas como parte da minha “cultura geral” e mesmo ai a “parte” é deveras pequena, por tal, perdoem-me o erro, se o for, da comparação que resolvi fazer a seguir:
 
Vem isto a propósito dos grandes títulos da opinião publicada de hoje:
Ranking 2013: Só uma em cada dez escolas públicas tem nota positiva, lê-se no jornal i,
Mais de dois terços das escolas nem 9,5 conseguem nos exames, afirma o DN,
ou
Ranking das Escolas: Há cada vez mais escolas públicas abaixo do esperado, é parte da manchete do Público.
 
Vamos então comparar os alunos a “futebolistas” (que muitos querem ser…), as escolas a “equipas” e, claro, os professores a “treinadores”. Acima ficará o Ministério da Educação com o estatuto de “direcção clubista” e o Ministro como “presidente” do Clube. Os exames serão, neste exemplo, os “derbies” (espero não errar neste nome!)
 
Ora ao que parece os “clubes” estão sistematicamente a perder os jogos e as relações de “balneário” parecem conflituosas porque os “futebolistas” se culpam, uns aos outros, pelos maus resultados em campo.
Sendo assim, porque raio é que, sendo válida para o futebol, aqui não se pode aplicar a solução da “chicotada psicológica”?