segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Deixem-se de tretas!

Deixem-se das tretas do “politicamente correcto”:
- Moreira vence no Porto (Rui Rio, PPD e CDS foram decisivos),
- PCP reconquista, ao PS, as autarquias perdidas nas ultimas três “autárquicas”,
- CDS, passa de uma a cinco, e lixa a “frase batida” do bicéfalo Bloco de “votem contra o governo”,
- BE desaparece do pais real e fixa-se em Lisboa,
- PSD baixa de 23,8 para 16,59% e perde 137 mandatos
- PS perde 1,5% e 5 mandatos.
Os verdadeiros vencedores parecem ser:
- o “velho” PCP, agora renovado e a dar um”baile aos “putos” bloqueiros e aos socialistas.
- o Rui Moreira, a Cidade do Porto, o “velho” PPD e alguns “velhos”, mas verdadeiros, Democratas-Cristãos que disseram não à “coligação de interesses ocultos”.
O “povo” é sábio! Votaram menos 700000, aumentaram os “brancos” e, mais ainda, anularam os boletins ao votar nos “escuteiros-mirins” (que, como sabemos, estão no governo mas parece que com outros nomes…)
O “povo”, o verdadeiro, disse não a este PSD de interesses ocultos e até parece ter “perdoado” ao ex-jornalista (Porquê? Porque o povo “percebeu” que ele também “bateu o pé” ao nosso-primeiro e nós, mea culpa, os intelectuais pseudo cultos, assim não o entendemos???)
Não me lixem:
o Povo é sábio! Veja-se como votou no Costa de Lisboa, no Bernardino de Loures e no Vistas de Oeiras!  
Deixem-se de tretas!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

mais votos, abstenções e outros papões!

Depois de ouvir uma comentadoira prever uma “elevadíssima” abstenção nas autárquicas que se aproximam, dei por mim a olhar, quer para os resultados das legislativas, quer para os das autárquicas pós 2001.
Vejamos algumas conclusões interessantes que se poderiam retirar da amostra que recolhi:
- O número de votantes pouco depende do de eleitores e, circula à roda de uma média de 5556806 nas Legislativas e 5392858 nas Autárquicas.
Curiosa e contrariamente à douta opinião dos ilustres comentadores há mais votantes nas eleições nacionais que nas locais.
- O curto desvio, entre os 3,47% e os 0,57%, demonstra que o número de votantes se vai aproximando da média à medida que aumenta o de eleitores registados.
Ou seja, em teoria, o número de votantes está estável desde 1999.
- Estranhamente curioso foi verificar que, em oito meses, entre as Legislativas e as Autárquicas de 2005 os recenseados aumentaram em 54461 e em 2009 diminuíram 136979 em dois meses.
Deixo para outros a teoria “da conspiração”, perdão “da abstenção”, e fico a aguardar os desenvolvimentos do final do mês.
Isto de gostar de brincar com os números dá “maus resultados”. Isto é, descobrimos que há mais idiotas úteis do que pensávamos...entre os dizentes e ouvintes!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

votos, abstenção e piedosas mentiras!

Continuo a ouvir idiotas úteis, daqueles com visibilidade, a garantirem que o nível de abstenção vai aumentar e dai tiram a ilação de que os eleitores estão desiludidos com a democracia que temos. Acredito que muitos o estarão, em especial aqueles que um dia a sonharam e, num outro dia, com mais ou menos cravos, a implantaram.
Mas o que mais me choca é a iliteracia que grassa em gente de tão elevado valor para a “comunicação a que temos direito”, quando, ao que parece, eles não conseguem interpretar os números que lhes são disponíbilizados.
Vejamos:
Em 2011, segundo o INE, havia 8.657.240 residentes e os eleitores inscritos já eram 9.624.133. Deixando de lado a discrepância e considerando que a taxa de mortalidade e a natalidade tem valores semelhantes pouca deverá ser a diferença entre os inscritos para as anteriores Legislativas e os recenseados para as autárquicas que ai vêm (se tal não acontecer, teremos que considerar “a batota” e repensar o sistema de registo eleitoral).
Ora bem, a comparação que teremos que fazer, para verificar a saúde da nossa democracia, terá a ver com o numero de votos entrados nas urnas há 2 anos ou, melhor ainda, há quatro. Isto é, comparar os votantes de 29 de Setembro, com os 5.533.824 votantes de 2009 ou com os 5.588.594 das ultimas legislativas.
(já agora se repararam que a diferença entre os votantes de 2009 e os de 2011 não chegou a 1% ficam estas perguntas:
- onde é que pára a abstenção? e
- quem e porquê é que nos quer enganar?
porque, claro, não esqueço o tempo em a “abstenção” contava como voto a favor...)