A um nível qualitativo também haveria razões para descontentamento. Afinal o PS, contra a tradição democrática portuguesa, apoderou-se do poder, de forma constitucional, mas sem ter ganho as eleições. O partido continua a suportar todos os casos de nepotismo e corrupção, veja-se a sua total inacção no recente caso da deputada Hortense.
No entanto, e paradoxalmente, Portugal é dos países onde, aparentemente, existe mais consenso político e auto-satisfação.
Neste contexto de paz podre, de beco sem saída, alguém se admira que um partido anti-sistema, demagógico que afirma querer criar a IV República, seja a válvula de escape para os insatisfeitos? (Miguel Alçada Baptista no FeiçeBuque)