Em
Portugal, já tivemos sucessivas questões “fracturantes”, que se dão a conhecer
através de berreiros nos “telejornais”, no “Prós e Contras” e nos programas
matinais para donas de casa e vítimas do rendimento mínimo. É curioso observar
que, independentemente das “fracturas”, os paladinos do progresso são quase
sempre os mesmos, profissionais do chinfrim e especialistas em vencer o
adversário mediante danos nos tímpanos e na paciência. [...]
Agora
a questão é a eutanásia e a dra. Isabel Moreira, que encomendou o cérebro nos
saldos do AliExpress.com, desdobra-se em variedades televisivas a explicar que
a vida humana não é, ao contrário do aborto, dos lavabos sem sexo e da penugem
nas axilas, um direito absoluto. Como se nota, o nível da argumentação tem sido
elevadíssimo, e assaz apropriado a uma matéria particularmente difícil de caber
em generalizações. (in
“Antes a
morte que tal sorte” por Alberto Gonçalves)