Um dia, lá pró ano de 74, chegou a
democracia e com ela, após quarenta anos de ausência, os partidos. Num ápice apareceram
pra cima de uma centena. Coisas e loisas aconteceram e após as primeiras eleições
os portugueses começaram a fixar-se…
A falta de formação política levou a
maioria a “alinhar” naquilo que lhes pareceu mais semelhante: um clube de
futebol. Como é sabido podemos mudar de religião, de mulher, de automóvel ou de
casa, mas há coisa que nunca mudamos: de clube!
Passados quarenta anos, os velhos
dos anos 70, não fazem a mínima ideia do que é que cada partido lhes quer dar e
até de quem nele joga, mas “ordeiramente”, continua a votar “mais do mesmo”… ou
a acreditar em fogos-fátuos!
É o que sinto hoje, dois dias após a
“estrondosa” vitória”, quando me lembro de um clube que, no ano passado, foi de
vitória em vitória e acabou sem ganhar nada…
Apesar de começarem a aparecer gerações
que já não se “confundem”, temo que, à francesa, ouçam o canto de uma qualquer sereia!
Talvez seja tempo de regressar àquilo
que, no tempo dos nossos pais ou avós, se chamou OPAN!