coisas a que finalmente tive tempo de "aceder":
a Hipótese Comunista como "filosofia para militantes"
.
A "hipótese comunista" é um conceito desenvolvido pelo filósofo francês Alain Badiou, especialmente expresso na obra "Philosophy for Militants (Pocket Communism)".
A ideia surge como uma reflexão sobre a possibilidade de um futuro que ressoe com os ideais de igualdade, liberdade e justiça social, em contraste, quase que renegando as "experiências" do século XX que se autodenominaram "comunistas", como as da União Soviética.
Badiou argumenta que a hipótese comunista não é apenas uma proposta política específica, mas sim uma maneira de imaginar e ativar um novo futuro que transcenda as limitações do capitalismo e das suas lógicas dominantes. Para Badiou, o comunismo deve ser entendido como uma hipótese que faz parte da luta histórica pela emancipação humana, e não deve ser reduzido às suas formas históricas falidas.
Assim o filosofo marxista destaca que o comunismo como hipótese implica em várias
dimensões:
- Emancipação
Coletiva: A luta por um mundo em que as condições de vida sejam
igualmente asseguradas a todos, contrastando com as desigualdades do
capitalismo.
- Novas
Formas de Organização: A busca por novas formas de organização social
e política que desafiem a lógica do mercado e do individualismo.
- Desafios
ao Capitalismo: A hipótese comunista propõe um desafio permanente ao
sistema capitalista e suas crises, permitindo o surgimento de novas ideias
e práticas.
- Mudança
de Paradigmas: Badiou acredita que a hipótese comunista força-nos a repensar e parar de aceitar as
narrativas predominantes que dizem que não existe alternativa ao
capitalismo.
A palavra chave de Badiou para a mudança é “estimular o debate”!
A linguagem woke das actuais “cartilhas editoriais” da bolha em que vive a imprensa e onde quer que vivamos, já segue a "hipótese comunista" de Alain Badiou, que incita à reflexão sobre as possibilidades de transformação social, “estimulando o debate” sobre como reinventar as formas de vida em comum a partir da perspectiva “crítica e emancipadora” da extrema-esquerda renovar a revolução lenine-estalinista que falhou no século XX.