terça-feira, 25 de março de 2025

Política Eleitoral e Ambições do Poder

A política é muitas vezes vista como um jogo pelo poder, onde a vitória nas eleições é um objetivo primordial. Há um ano, depois de uma vitória que foi tão curta como a ambição daqueles que a conquistaram, surgiu no horizonte a tentativa de recriar o momento histórico de 1987, quando o PSD de Cavaco Silva obteve a sua primeira maioria absoluta.
Desde há um ano, temos estado em constante campanha eleitoral – distribuindo esmolas, prometendo paz e progresso, satisfazendo corporações e buscando estabilidade, escreve Nuno Gonçalo Poças.
Estas ações refletem a ambição de Luís Montenegro de repetir o sucesso do cavaquismo, um período marcado pela obtenção de maiorias absolutas. A sua estratégia parece focar-se exclusivamente na repetição desse momento, utilizando táticas que visam garantir o apoio e votos necessários para alcançar tal feito.
Por outro lado, o objetivo do Governo parecia ser diferente. Entre uma mão cheia de ministros, cuja boa vontade não deve ser questionada injustamente, a intenção do Primeiro-ministro parecia ser a de reforçar a sua maioria no parlamento. Eventualmente, ele pode até cobiçar uma maioria absoluta, vendo isso como um fim em si mesmo. Esta abordagem sugere que o poder é procurado pelo próprio poder, sem uma visão clara sobre as mudanças ou melhorias que podem ser implementadas.

É importante reflectir sobre o que esperar de uma geração de políticos cujo grande feito e especialidade é ganhar eleições internas e semear bagos de poder que servem apenas o poder em si mesmo. Essa busca incessante pelo domínio eleitoral pode levar a uma política onde as verdadeiras necessidades da população são secundárias às ambições pessoais dos líderes. A política deve ser o meio pelo qual se promove o bem-estar da sociedade, e não apenas um mecanismo para perpetuar o controle e influência de uma elite política.
Este cenário nos leva a ponderar sobre a essência da democracia e os valores que devemos preservar. Ao focar-se exclusivamente na obtenção de poder, corre-se o risco de perder de vista os princípios fundamentais da governança responsável e representativa. É necessário que os políticos redirecionem suas estratégias para incluir verdadeiramente os interesses da população, garantindo que suas ações beneficiem todos os cidadãos e não apenas um grupo selecto.

Valem o que valem

 Esta precisa de confirmação!



os putos e as chavalas ao ataque...no Geração V


as bacoradas dos putos e das chavalas postos em bicos de pés para parecerem adultos...
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No Observador "Convidámos o João Mª Jonet para fazermos as previsões deste novo ano político. A tomada de posse de Trump, Autárquicas, as crises políticas na Europa e as comemorações do 25/11 foram alguns tópicos."
https://observador.pt/programas/gera-o-v/o-que-vai-mudar-em-2025/



...e os ditos jornalistas escreveram! Confirma-se?

Um grupo de cidadãos que inclui a ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem vai apresentar uma queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto, presidente e líder parlamentar do Chega, respetivamente, depois das declarações polémicas deste último num programa de comentário televisivo. A informação é avançada pelo Diário de Notícias.
O líder parlamentar do Chega disse na quarta-feira à noite na RTP que “se a polícia atirasse mais a matar, o país estava em ordem”. O assunto chegou esta quinta-feira ao Parlamento, com várias bancadas a condenarem a declaração, mas André Ventura saiu em defesa do seu presidente da bancada e disse, em entrevista ao canal Now, que “se a polícia tiver de entrar a matar, também tem de entrar a matar“.
Edgar Caetano  em 25 out. 2024, 08:26 126


PGR abre inquérito a declarações de Ventura e Pedro Pinto sobre morte de Odair Moniz
O inquérito surge depois de Pedro Pinto ter dito que se as forças de segurança "disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem" e Ventura que o polícia que matou Odair devia ser condecorado.
iA Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito a declarações de André Ventura e Pedro Pinto, líder e deputado do Chega, presidente e líder parlamentar do Chega, respetivamente, e também do assessor do mesmo partido Ricardo Reis, sobre a morte de Odair Moniz. A informação foi inicialmente avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo Observador.
“Confirma-se a instauração de inquérito relacionado com a matéria em referência. O mesmo corre em termos no DIAP Regional de Lisboa”, disse fonte oficial do Ministério Público ao Observador.
Em causa estão declarações do líder parlamentar do Chega sobre os tumultos dos últimos dias relacionados com a morte de Odair Moniz, um cabo-verdiano de 43 anos que foi baleado por um agente da polícia no bairro da Cova da Moura, na Amadora. Pedro Pinto afirmou que se as forças de segurança “disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem”.
Também o presidente do Chega, André Ventura, disse sobre o agente da PSP que baleou Odair Moniz: “Nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este policia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constitui-lo arguido, ameaçar com processos ou ameaçar prendê-lo”. Agência Lusa Texto



domingo, 23 de março de 2025

o direito de informar, de se informar e de ser informado

A importância das redes sociais na difusão de ideias e no comportamento social na sociedade contemporânea não pode ser subestimada.
Com a revolução digital, estas plataformas transformaram-se em poderosos meios de comunicação, influenciando profundamente a maneira como as ideias são difundidas e como os indivíduos interagem uns com os outros.
As redes sociais permitem a disseminação rápida e abrangente de ideias de uma forma nunca antes vista. A pluralidade de vozes e opiniões é uma característica marcante destas plataformas, que oferecem espaço para todos, independentemente do seu reconhecimento prévio ou posição social. Este fenômeno democratizou a comunicação, possibilitando que qualquer pessoa com acesso à internet possa compartilhar e promover suas ideias em escala global.
Uma das áreas onde a influência das redes sociais é mais evidente é na política. A imprensa tradicional, muitas vezes controlada por determinados grupos, encontra nas redes sociais um concorrente forte e independente. Plataformas como Twitter, Facebook e Instagram permitiram, no caso português, que políticos e ativistas de direita, silenciados desde 1974, alcançarem diretamente os seus públicos, contornando a mediação de uma imprensa fortemente influenciada pela extrema-esquerda gramsciana e umbilicalmente ligada aos partidos tradicionais.
As redes sociais são uma ferramenta poderosa e multifacetada na sociedade pluralista em que vivemos. Elas revolucionaram a maneira como comunicamos e disseminamos ideias, ao mesmo tempo em que criaram desafios e dinâmicas de poder. 
O impacto das redes sociais é na maioria das vezes positivo, promovendo a democratização da comunicação e a diversidade de opiniões, mas é crucial estar consciente dos perigos e responsabilidades que acompanham esta liberdade.

sábado, 22 de março de 2025

A Importância da Discrição em Política

Em política, a discrição é quase sempre uma vantagem. O eleitorado, sobretudo à direita, não costuma apreciar tagarelas e privilegia as pessoas que parecem saber o que querem e o que não querem. Evidentemente que, numa estratégia montada para cumprir certos objetivos, nem tudo é previsível e muitas coisas podem falhar. Mais uma razão para não sermos abundantes nas palavras e nas promessas, porque não dominamos todas as variáveis do que aí virá. Todavia, convém pelo menos não desperdiçar aquelas que dependem de nós. Como deixar cair um governo antes do tempo ou não fazer o que tem de ser feito antes dele cair. Depois pode ser tarde.
A discrição é uma qualidade que muitos políticos bem-sucedidos possuem, permitindo-lhes navegar pelas complexidades das relações políticas sem criar inimigos desnecessários ou prometer mais do que podem cumprir. A arte de ser discreto envolve saber quando falar e quando ficar em silêncio, sendo capaz de medir as palavras cuidadosamente e escolher os momentos oportunos para agir.
Os eleitores, especialmente os conservadores, valorizam a discrição nos seus representantes. Eles tendem a confiar mais em líderes que demonstram firmeza e clareza nas suas intenções sem recorrer a um discurso excessivo. Isto cria uma imagem de competência e confiabilidade, atributos cruciais para conquistar e manter o apoio eleitoral.
Em contrapartida, políticos que falam demais arriscam-se a perder credibilidade quando não conseguem cumprir as suas promessas. A verbosidade pode levar a compromissos impulsivos e a expectativas irrealistas. Quando os resultados não correspondem ao discurso, a reputação do político pode sofrer danos significativos, dificultando a recuperação da confiança pública.
Para um político, é essencial desenvolver uma estratégia que considere a imprevisibilidade do cenário político. Ao limitar promessas e declarações públicas, é possível minimizar os riscos e manter um maior controle sobre as circunstâncias.
Nenhuma estratégia é infalível, e muitos fatores estão fora do controle de qualquer indivíduo. Por isso, é prudente evitar comprometer-se excessivamente com palavras. Em vez disso, deve-se concentrar em gerir as variáveis que estão ao alcance, garantindo que as ações tomadas sejam alinhadas com os objetivos estabelecidos.
Desperdiçar variáveis controláveis pode resultar em consequências graves, como a queda prematura de um governo ou a incapacidade de realizar ações essenciais antes de uma crise política. A discrição pode, portanto, ser a chave para preservar a estabilidade e assegurar que as medidas cruciais sejam implementadas no tempo certo.

terça-feira, 18 de março de 2025