domingo, 20 de julho de 2025

Mariana Leitão (IL) Confesso que gostei!

Uma liderança com clareza e propósito
Mariana Leitão traçou uma linha clara e firme entre o que considera a direita do caos e o liberalismo moderno. Ao afirmar que “o Chega é um novo socialismo à direita” – coletivista, estatista e paternalista – Mariana promoveu uma distinção fundamental: o liberalismo que ela defende protege a liberdade individual sem ceder ao populismo da Direita actual (AD incluída). O seu discurso assertivo dá, ou quer dar, ao eleitorado liberal uma identidade forte e coerente no tabuleiro político atual.
Coragem no discurso e compromisso com reformar
Mariana não se limitou a denunciar, foi além: prometeu um partido “mais ideológico e até radical”, assinalando que a IL deverá ser a “consciência liberal” do sistema político. A coragem de assumir esse compromisso – em contraposição ao imobilismo que critica – reforça o apelo de renovação e ambição que muitos liberais procuram.
Foco nas autarquias como laboratório do liberalismo
Ao afirmar que “nas autarquias se pode provar que uma gestão liberal faz a diferença”, Leitão demonstra visão estratégica e realismo político. Apostar em resultados práticos no terreno, em vez de meras ideias abstractas, é ao mesmo tempo ambicioso e pragmático.
Coerência ideológica sem renunciar a alianças
Mariana Leitão reforçou que, seja em coligações ou sozinha, a IL não diluirá a sua exigência liberal: "a exigência liberal nunca entra em silêncio – entra para mudar". Este equilíbrio entre convicção e realismo político transmite um forte sentido de integridade, sem fechar as portas ao diálogo.

A intervenção de Mariana Leitão foi uma brisa fresca no verão quente do panorama político português: foi clara, combativa e, acima de tudo, coerente com os valores que propõe. Ao erguer barreiras firmes contra populismos de direita (e de esquerda), ao mesmo tempo que reforça o compromisso com reformas concretas e com gestão liberal local, A nova líder da IL transmite sobriedade e ambição.

Destaco-lhe o estilo de quem quer uma política liberal menos comodista, mais radical – no sentido da liberdade – e orientada para resultados reais.
Contudo faltou-lhe a resposta às duas perguntas essenciais de Carlos Guimarães Pinto:
- Porque é difícil haver um partido verdadeiramente liberal em Portugal.
- Se defendem a igualdade de oportunidades, porque é que os liberais falam tão pouco de desigualdade económica?