quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mar Verde

... Às 18 horas do dia 21 de Novembro, a força estava próximo de Conacri, tendo o desembarque dos primeiros elementos sido estabelecido para a 1 e 30h, do dia 22 de Novembro. As lanchas rápidas foram o primeiro objectivo a ser destruído, evitando assim que se opusessem ao desembarque ou que participassem numa eventual perseguição durante a retirada da força. O grupo que tinha a missão de libertar os prisioneiros também conseguiu obter êxito, trazendo consigo os 26 elementos que se encontravam na prisão La Montaigne. Todos os outros objectivos fracassaram: o palácio de Sekou Touré, de Villa Silly, foi assaltado, mas o presidente não se encontrava lá; as instalações do PAIGC foram destruídas, mas Amílcar Cabral fora para o estrangeiro; o aeroporto foi tomado, mas os aviões Mig, cuja destruição era o objectivo principal do grupo, não estavam naquela base; a central eléctrica foi desactivada, mas a escuridão que se abateu sobre a cidade ainda dificultou mais a já difícil orientação da força invasora nas ruas da cidade; e a emissora-rádio não foi tomada, um fracasso explicado pelo facto de o comandante do grupo que tinha essa missão nunca ter accionado um elevador, não conseguindo, por isso, fazer chegar aos equipamentos o engenheiro electrónico do FNLG que o acompanhava. Às 4 e 30 da manhã do dia 22 de Novembro, o comandante da operação mandou reembarcar as forças. Todos os grupos compareceram com maior ou menor dificuldade nos locais de recolha, excepto um grupo de 20 homens, comandado pelo tenente Januário, dos comandos africanos. Estes foram dados posteriormente como desertores, embora essa deserção voluntária e previamente decidida tenha merecido reservas a muitos dos que participaram na acção, constituindo mais um ponto obscuro da operação. De certo, sabe-se apenas que o tenente Januário e os seus homens foram mandados fuzilar por Sekou Touré, dias depois do assalto. Nesta operação, as forças portuguesas sofreram três mortos, entre eles um oficial europeu, três feridos graves e seis ligeiros e fizeram cerca de 500 mortos entre militares e civis da Guiné-Conacri. Na sua sequência, Portugal viu-se envolvido em delicados problemas internacionais e em várias questões internas. ... em: forumarmada.no.sapo.pt/.../marverde3.html guerracolonial.org/index.php?content=23220 entre outros